O que esperar para 2022

Um ano bastante conturbado, inflação, insegurança política, atraso nas vacinas, CPI da covid e mais outras coisas. Nesse final de ano, com Lula indo em podcast e começando a corrida política, o que se esperar para 2022?

Com os ânimos se acirrando com a questão política, onde tudo ficou tão intenso quanto briga de torcida de futebol. Para o ano que está por vir, a polarização será maior e mais intensa, onde possivelmente não dê para ter um diálogo saudável com ambos lados dessa moeda.

Ademais, há ainda a possível candidatura de Moro, que levanta uma pergunta: quais são seus princípios?. Ainda não é possível vê-lo como um bom político, entretanto o que ele fez para o Brasil no combate a corrupção foi algo a ser seguido. Todos se questionam se ele tem força para chegar num segundo turno e a corrida política se torna algo cada vez mais acirrado, ainda mais com a polarização desenfreada que estamos enfrentando, onde fica mais difícil ver pessoas agindo com a razão.

Na área econômica a previsão é de que a inflação suba ainda mais, sem pretensão de diminuir tão cedo. Poderão ser tempos difíceis onde ficará mais caro ser brasileiro. É possível haver uma melhora com as eleições de 2022, se houver um legislativo disposto a diminuir a burocracia e os impostos que recaem em cima da população; neste cenário talvez possa haver melhora sobre a inflação, mas isso ocorreria somente entre 2023 e 2024.

No tocante a área da saúde, os hospitais ainda estarão com leitos nos corredores, a população pobre continuará morrendo de disenteria por falta de insumos básicos, o que levará a sociedade a pedir mais recurso para o SUS, porém o problema se encontrará na logística, dificultando ainda mais resolução de certos problemas cruciais que deveríamos ter combatido a décadas.

Em relação a COVID, uma notícia boa, provavelmente estaremos 100% imunizados, suponha-se que até a metade de 2022 estejamos todos vacinados com três doses, isso traz um certo alívio de que estamos nos dirigindo para nossa normalidade.

Na educação, nota-se a evasão escolar crescendo e não se vê prazo para acabar com isso. Com a pandemia, nesse final de ano, tivemos um recorde nos números de evasão escolar. Jovens desistiram de estudar e isso é preocupante; não que o ensino Estatal seja a solução, muito pelo contrário. O motivo de muitos jovens acabarem desistindo da escola é o que torna a situação mais alarmante: para poder ajudar seus familiares financeiramente, fazendo com haja comida na mesa e consiga-se pagar as contas.

Com isso, vejo que teremos muitas dificuldades a serem enfrentadas, uma polarização política sem freio e problemas econômicos que geram outros problemas, como o escolar e na saúde.

Acredito que seja possível conseguir fazer o Brasil prosperar em 2022, desde que se escolha melhor nosso legislativo, vendo qual é seus princípios e suas políticas.

Para finalizar, para aqueles que estão fora dessa polarização, não discutam sem necessidade. Em 2018 a polarização política era extrema, talvez em 2022 esteja ainda pior e pode acabar beirando a agressão física partindo das pessoas com pensamento político radicais. Neste sentido, resguarde-se. Certas lutas não valem a pena.

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Texto por Luiz Costa

Arte por Tailize Scheffer