Jogos Vorazes e a Algumas Lições
Algumas lições importantes que podemos aprender a partir de um romance juvenil e a primeiro momento sem nenhuma mensagem prática.
Na trilogia Jogos Vorazes é contada a história de Katniss Everdeen uma habitante do 12º distrito de Panem.
Nesse país, a Capital manda e os outros distritos obedecem sem protesto, e uma vez por ano acontece uma espécie de reality show onde uma menina e um menino de cada um dos distritos é enviado para uma arena onde se enfrentam e lutam pela vida e o último vivo ganha dinheiro, fama e glória abundante.
Se você acha que Jogos Vorazes trata apenas de um romance distópico de dois adolescentes, meu amigo, não tem como você estar mais errado.
Em Jogos Vorazes podemos tirar lições sobre a vida, governo, política, economia, dentro essas lições, destaco três:
1º O entretenimento e a alienação podem ser uma arma poderosa nas mãos do Estado.
Para os cidadãos da Capital, os Jogos Vorazes, não passam de uma diversão, assim como um reality show é para nós. Entretanto, para o resto dos distritos, os Jogos Vorazes são uma infame subversão de seus direitos, porém, o governo de Panem cria para os cidadãos dos outros distritos que isso é necessário para manter o equilíbrio de poder e dão alguns benefícios aos tributos participantes.
2º O Estado alimenta uma desigualdade e se perpetua por ela.
Na maioria dos distritos vemos uma pobreza bastante atenuada, com os trabalhadores tendo itens básicos como luxos e com cargas de trabalhos bem extensas. Já na capital vemos o contrário, vemos um luxo exorbitante, ruas lindíssimas, comida em abundância, porém a população da capital representa uma pequena minoria, a qual está em todas as áreas do governo. Tal minoria representada pelo “presidente” Snow sempre faz politicas voltadas apenas para si, e os Jogos Vorazes é a prova viva disso.
3º Suas ações nunca são em vão.
A razão pela qual Katniss encarou os Jogos Vorazes se torna injustificável ao final da obra, porém se ela nunca tivesse entrado nos Jogos, os acontecimentos seguintes e a revolução seriam muito diferentes.
Quando não há mais motivos para continuar, pois, a motivação inicial já não existe mais, acredite na máxima: o acaso não existe porque, no final você não pode permitir que ações sigam longe do controle.
O mesmo serve para nós defensores da Liberdade, às vezes não têm mais razões para continuar a lutar por um mundo melhor, mas devemos sempre ter bom ânimo para enfrentar as lutas e em grupo esse desafio se torna mais fácil.
Texto por Paulo Sousa.
Arte Fernanda Safira.