Ayn Rand foi salva pelo capitalismo?

Alissa Zinovyevna Rosenbaum nasceu em São Petersburgo no ano
de 1905. Historicamente, a Rússia vivia um dos momentos mais
conturbados do Império czarista, permeado pelos distúrbios
políticos e o declínio econômico — o povo russo possuía um padrão
de vida muito baixo.
Ayn Rand, suas duas irmãs mais novas e seus pais precisaram se
adaptar ao ambiente de instabilidade, especialmente na década
em que as ideias socialistas começavam a germinar. Seu pai,
entretanto, tornou-se um empresário bem-sucedido apesar das
dificuldades, e por esse motivo alguns estudiosos sugerem que ele
tenha servido de inspiração para os heróis dos seus livros.
Mesmo com as conturbações, Rand teve uma infância tranquila e
promissora: aprendeu a ler sozinha aos 6 anos e aos 10 já
estava escrevendo seus próprios romances.

1917: revolução Russa. Alissa acompanha as greves dos
trabalhadores contra o Czau Nicolau II. Os bolcheviques tomam o
poder.
1919: o governo socialista confisca o estabelecimento e a casa da
família de Rand. Fogem para a Ucrânia.
1921: a família de Rand retorna para a Rússia. Aos 16 anos, entra na
Universidade e se especializa em História e Filosofia.
1925: recebe permissão para sair da União Soviética e visitar seus
parentes nos Estados Unidos.
1925: começa a estudar artes cinematográficas e publica dois
livretos.
1926: Alissa chega a Nova York e adota o pseudônimo Ayn Rand,
para sua família não ser punida pelo seu anticomunismo. E assim
sua vida recomeça.

Pela linha do tempo, observamos que Ayn Rand viveu dois sistemas
totalmente opostos em um curto período; ela sofreu na
pele os males do comunismo, principalmente no que diz ao
respeito ao confisco da propriedade privada, à censura e à
anulação da liberdade individual. O que ela expõe em seus escritos
não é mera ficção, e sim vivências transformadas em romances
com grandes heróis.
Se Rand não tivesse deixado a União Soviética e ido para
os Estados Unidos, dificilmente teria lançado seus best-sellers e se
tornado uma escritora tão prestigiada. Foi graças ao capitalismo

que ela pôde ascender socialmente, inovar e trazer ao mundo uma
nova mentalidade: o Objetivismo.

Texto por Lidia Araujo